
(A dúvida)
Podes ir, não faz mal.
Tua ausência é banal.
E a praça, já com flores,
já ganhou algumas cores
que meus olhos,
antes tristes,
não podiam enxergar.
Eu, sozinho, vendo os pombos,
já depois de tantos tombos,
finalmente, decadente,
me coloco a perguntar:
se os pássaros já cantam,
se as moças já me encantam,
e se a vida já não é
(e nem será) tão ruim assim,
quem sabe eu não planto
uma flor em outro canto
que sorria todo dia
e pertença só a mim?
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