terça-feira, 12 de abril de 2011

Curumim

Não se assustai,
pequeno guri.

Não me esqueci,
que, sozinho,
em algum lugar,
estás em espera.

E tu também,
nunca te esqueças
de minha jura tão sincera.

Tirar-lhe-ei dos negros vales
para tecer-lhe um belo canto.
Esquecerás dos velhos males
e dormirás sob o meu manto.

Dar-lhe-ei o meu amor,
que me domina tão latente,
aguardando que um dia,
sob a luz da calmaria
eu te encontre novamente.

domingo, 3 de abril de 2011

Delicado Desatino



Lua, que me roubaste a noite
e fizeste da festa, nós duas.

Que em repente chegaste
e tomaste conta da bela
que agora és tua.

Nua, que se insinua.

Crua cruel clarividente que nunca recua.

O torto canto que encanta
já tornou-se o meu mantra.

E sorrio por saber que um dia
outra vez serei tua.

Um dia, Lua.
Em que o Sol novamente há de nascer.