domingo, 5 de junho de 2011

Jardins


(O Apelo)

Pensas em teus jardins
tão logo brota no céu
a mais pura e linda cor.

Mas, obstinada, eu imploro:
não se vá, meu amor!
Pois, te juro, lá do fundo:
eu também sou uma flor!

A mais frágil e seca escultura
do lado escuro do seu jardim.

Então vens, regues a mim!

Dá-me pleno o teu sulco.
Encerre logo este luto.
E não impeça que minhas
vivas cores se expressem.

Pois pétalas murchas, sabemos,
teus raros agrados desconhecem.

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